
Sonhei uma eternidade… parecia que tinha morrido, sonhei, sonhei, nunca mais acordava.
Sonhei muita coisa, mas também tive pesadelos.
Pesadelos dos quais só desejava acordar… mas mesmo que quisesse não podia, tudo isto estava programado para que acordasse muito tarde, quando toda a gente tivesse desaparecido.
Finalmente acordei, saltei da cama, mirei a rua que normalmente está repleta de carros e de pessoas a vaguear.
O café que está situado à frente da minha casa está completamente vazio, depois de me aperceber que estava completamente sozinho na cidade onde vivo, lembrei-me dos meus pais e pensei: “Será que estão vivos?”, “Será que estão no quarto?”… corri… corri até ao quarto, abri a porta e… nada!
Sozinho na cidade deixei cair uma primeira lágrima.
Vesti-me. Sentia a falta de alguém, simplesmente alguém, nunca senti falta de alguém.
Como estava sozinho na cidade corri para o supermercado para encontrar algo que me enchesse o estômago. Que grande desilusão sofri… nada nem ninguém!
Não sei o que me aconteceu… adormeci… quando acordei estava na minha casa, na minha cama.
Saltei da cama, abri a janela, mirei a rua e vi muita confusão, a mesma de sempre. Corri para abraçar os meus pais e liguei aos meus amigos.
A partir deste dia percebi o que é ter alguém, percebi o verdadeiro sentido da palavra AMOR.
Mauro